Ex-chefe da equipe de inspeção de armas no Iraque conta bastidores dos fatos que antecederam invasão do Iraque pelos Estados UnidosA guerra contra o Iraque dividiu opiniões e gerou um turbilhão de dúvidas e questionamentos e o inevitável sentimento de indignidade em todas as nações do mundo. O homem que esteve o tempo todo no olho do furacão, e que comprovadamente foi o único participante deste “jogo” a sair com sua integridade intacta, foi Hans Blix, chefe da equipe de inspeção de armas das Nações Unidas.Hans Blix explica, em Desarmando o Iraque (selo A Girafa), o que realmente aconteceu durante os meses que antecederam a declaração de guerra ao Iraque, em março de 2003. Ao narrar minuciosamente seus encontros com as autoridades máximas envolvidas nos acontecimentos, o primeiro-ministro britânico Tony Blair, o presidente francês Jacques Chirac, o secretário de estado norte americano Colin Powell, a conselheira de segurança nacional dos Estados Unidos Condoleezza Rice e o secretário geral das Nações Unidas Kofi Annan, Blix transfere suas frustrações, tensões, a pressão e o drama que viveu enquanto os ponteiros do relógio se aproximavam rapidamente daquela que seria a mais difícil das horas que vivera até então.Neste livro, Blix faz questionamentos vitais a respeito dessa guerra que até hoje não foi explicada corretamente: Ela realmente era inevitável? Por que os Estados Unidos e a Inglaterra e a Espanha não puderam (ou não quiseram) ter a mesma opinião que os outros países membros do Conselho de Segurança? O Iraque realmente possuía armas de destruição em massa? O que a situação no Iraque nos ensina em relação à correção e eficiência das políticas que determinam ações unilaterais e ataques preventivos?Livre da agenda de encontros com políticos e ideólogos, Blix é a voz da razão em meio à enorme cacofonia criada em torno da questão do Iraque. O valor de suas palavras é incomensurável numa época em que, cada vez mais, tentamos compreender como a história nos colocou neste presente momento recheado de conflitos e o que podemos aprender à medida que corremos incessantemente em busca da paz e segurança – em todo o mundo –, antes, durante e depois da guerra do Iraque.