A literatura, parafraseando Nietzsche, serve para tudo e para nada, e talvez, para uma sociedade que parece tomar contar de todos os nossos sentidos e prazeres, para nada.
A literatura se apresenta como uma instância cultural que facilita a configuração, por parte de seu usuário, de variados tipos de reação, desde a alienação escandalosa ao engajamento radical, o refinamento intelectual à grosseria pedagógica e síntese, ao mergulho na loucura ou ao repouso na sabedoria. As instituição que abrigam os críticos da literatura, os beletristas de todos os matrizes, abrigam também a presunção de
”guardas da torre” do conhecimento.
É aí que as ideologias de moda se infiltram, fazendo os seus estragos. E as barbáries mais trágicas têm justamente nascido da civilização que as literaturas acabam por consagrar e contraditoriamente procuram revelar para o homem, que ele só se torna o humano n mais alto sentido, pela arte que a literatura evoca para si mesmo.
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